São Francisco do Sul não terá Taxa de Preservação Ambiental (TPA)

São Francisco do Sul não terá Taxa de Preservação Ambiental (TPA)

São Francisco do Sul não terá Taxa de Preservação Ambiental (TPA)

Sem contar com o apoio popular, o executivo municipal entendeu por bem recuar no projeto de instituição da Taxa de Preservação Ambiental (TPA) em São Francisco do Sul, município do litoral norte de Santa Catarina.

Ainda que a TPA represente uma alternativa eloquente para o desenvolvimento sustentável do município, não poderia ser outra a atitude do governo – Ministério Público e Câmara de Vereadores já haviam firmado posição contra a instituição da taxa.

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Quanto ao parquet,  tendo em conta ser controvertida a constitucionalidade do tributo, não causa surpresa a posição. – A TPA de Bombinhas (SC), mesmo chancelada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina, continua sendo contestada em Brasília. – Na dúvida, é característica do MP filiar-se a teses jurídicas combativas; o direito é conservador e qualquer extravagância na interpretação das normas constitucionais faz com que o MP acene de forma reativa.

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No caso em questão, no entanto, para o MP, a ratio da inconstitucionalidade da TPA tem origem sobretudo no direito tributário e, observada a flagrante posição in dubio pro natura adotada pelos promotores públicos, em sede de sustentabilidade ambiental,  seria um favor a Constituição abrigar a TPA dentre os tributos de competência dos municípios.

Por ser um ato antipático, a instituição de um tributo parte comumente de iniciativa do poder executivo, dependendo da aprovação do legislativo, para que se transforme em Lei. É certo que o caso da TPA envolve normas constitucionais, mas sem apoio da Câmara de Vereadores, nada feito: sem lei, sem causa.

Fica, por fim, um saldo positivo. Meio ambiente, turismo, educação ambiental, direito de ir e vir, tributação, todos estes temas, trazidos à baila com a taxa de preservação ambiental, contribuem para a formação de uma consciência cidadã. O debate franco é sempre construtivo e necessário para a opinião pública que, independentemente das caixas de ressonância dos poderes constituídos,  é quem deve definir qual rumo deve tomar uma cidade.

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