Recém-nascido morre por diagnóstico tardio de coqueluche
A 3ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de Santa Catarina condenou município no sul do estado e hospital materno-infantil a pagar R$ 40 mil por danos morais à mãe de um recém-nascido de 21 dias que faleceu devido a coqueluche diagnosticada tardiamente.
Quatro atendimentos e nenhum diagnóstico
A mãe do bebê procurou atendimento médico em quatro ocasiões, preocupada com a saúde de seu filho.
Nas três primeiras idas ao hospital, mesmo diante de sintomas como febre, tosses intensas e recusa de alimentação, nenhum exame, seja de sangue ou raio-x, foi realizado.
Somente na quarta ida ao hospital, após uma apneia, o bebê foi internado.
No entanto, apenas no dia seguinte foi feito um exame de sangue que revelou uma infecção grave.
Morte e diagnóstico tardio de coqueluche
Com a piora do estado de saúde do bebê e dificuldades respiratórias, ele foi transferido para outro hospital.
Tragicamente, após quatro dias de luta, o bebê veio a óbito devido a choque séptico, pneumonia e insuficiência renal aguda.
A coqueluche que o afligia foi diagnosticada somente após sua morte, revelando um diagnóstico tardio e fatalmente equivocado.
Recém-nascido morre por diagnóstico tardio de coqueluche
O desembargador relator do caso enfatizou que ficou claramente demonstrado pelos documentos médicos que os profissionais envolvidos incorreram em erro médico ao não realizar exames que poderiam ter possibilitado o tratamento na fase inicial da doença.
A decisão foi unânime. (Apelação Nº 0309823-60.2016.8.24.0020/SC).
Fonte: TJSC
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