TST confirma demissão de bancário por violação de dados pessoais

Tribunal Superior do Trabalho Confirma Demissão por Justa Causa de Bancário por Violação de Dados Pessoais

Um recente caso julgado pela Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) reacendeu a discussão sobre a importância da proteção de dados pessoais e a conduta ética dos funcionários em instituições bancárias.

O tribunal confirmou a justa causa na demissão de um empregado do Banco do Brasil que acessou indevidamente dados cadastrais de sua ex-esposa, também funcionária do banco e demitida pelo mesmo motivo.

Contexto do caso

O bancário, um veterano com mais de três décadas de trabalho no Banco do Brasil, foi demitido após acessar, em quatro ocasiões, os dados bancários de sua ex-esposa durante uma disputa legal que envolvia divórcio litigioso e revisão de pensão alimentícia.

Para o TST, esta ação constituiu insubordinação, mau procedimento e ato de improbidade, visto que houve violação de dados para obtenção de vantagem pessoal.

Defesa do bancário

Em sua defesa, o bancário de 64 anos alegou que as consultas realizadas não foram utilizadas para fins externos ou divulgadas a terceiros, argumentando que não causaram prejuízos a clientes, colegas de trabalho ou à própria instituição financeira.

Decisão das instâncias inferiores

O juízo da 8ª Vara do Trabalho de Natal e o Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região inicialmente consideraram a penalidade desproporcional, levando em conta a longa carreira do empregado sem penalidades anteriores e a ausência de comprovação de prejuízo direto das consultas.

Além disso, destacaram o contexto emocional da ruptura conjugal como um fator atenuante.

Visão do TST

Contudo, o ministro Agra Belmonte, relator do recurso de revista do Banco do Brasil, enfatizou a gravidade da violação dos dados pessoais, um direito fundamental protegido pela Constituição Federal.

Para Belmonte, a ação do bancário não só constituiu má conduta e insubordinação, mas também ato de improbidade por configurar uma infração penal.

Assim, a demissão por justa causa foi vista como apropriada, dada a quebra de confiança envolvida.

TST confirma demissão de bancário por violação de dados pessoais

Este caso sublinha a importância da ética profissional e da proteção de dados pessoais no ambiente bancário.

A decisão do TST reafirma que a confiança é um pilar fundamental nas relações de trabalho, especialmente em setores sensíveis como o bancário, onde o acesso a informações pessoais deve ser manuseado com a máxima responsabilidade e integridade.

Fonte: TST

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