Solidão compartilhada

Solidão compartilhada

A partir do momento que conseguimos nos identificar no espelho, somos condenados à solidão; explico: a partir do momento que adquirimos a consciência de nós mesmos, cada um é cada um e o outro é o universo a nossa volta. Mas falando de universo…
…. para que ficar tão só!

Estamos em Marte

O ser humano colocou os pés em Marte. Sim, a cultura humana chegou lá. Temos robôs, temos sondas, temos satélites… Empregamos milhões em tempo, dinheiro e conhecimento para termos a resposta à pergunta: “Estamos sozinhos no universo?”. Queremos encontrar vida, nem que seja protozoária, nem que seja bacteriana, nem que seja vida fossilizada… Queremos uma prova de que não estamos sozinhos. O ser humano é um ser gregário. Não queremos ficar sós – ou talvez queiramos bem mais que isso.

De volta à terra

Por outro lado, a milhões de quilômetros de Marte, bem próximo da ponta dos olhos, a solidão é compartilhada. Estamos nas redes sociais e mais próximos a ponto de compartilharmos – não sem algum exagero – o que somos. Dizem que a internet deu voz aos tolos. Não. Antes disso, a internet deu vazão àquilo que sempre fomos, seres solitários, portanto, ensandecidos por expressão.

Retornando a Marte

Retornando a Marte, e a quantidade de tecnologia que ainda não está disponível! Segredos da Nasa e de mais um par de agência espaciais. Se descobrirmos apenas rocha e poeira, já valeu a pena a empreitada. A exemplo do que aconteceu após a Segunda Guerra, podemos ter certeza de que há um maravilhoso mundo novo em tecnologia que, quando acessível, será comercializado em celulares, notebooks, televisores etc. Auspicioso, não…. Simplesmente fantástico. Fomos a Marte e é certo: não fomos só por solidão.

De volta ao futuro [da Terra]

Os dados serão o espólio de uma terceira guerra mundial que, para algumas opiniões, já está acontecendo entre nações e no campo de batalha da internet. Ao contrário da terra sob os nossos pés, que possui um proprietário de cada centímetro, a água, que é um bem cada vez mais precioso, via de regra, é bem público. Queremos encontrar vida no universo, e a mapeamos pela possibilidade da existência de água. O futuro do planeta depende e muito da forma como vamos administrar nosso recursos naturais e do desenvolvimento de novas tecnologias, que nos levem a algo melhor: fomos a Marte com esse pensamento.

Solidão compartilhada

Cada pessoa é um lugar no mundo e, apesar da existência humana ser passageira, nós ficamos em muitos lugares – Tenha certeza disso. – Compartilhamos com as pessoas um sem número de vivências e, por mais inexpressivas ou pouco significantes que possam aparentar, é nesse momento que alguém nos observa, que alguém nos ouve, e é nesse momento que ficamos no outro. Um simples gesto, uma atitude qualquer, podem ficar grafados na memória de alguém e, até mesmo, inspirar este alguém – que ótimo que seja assim…
…Continuemos então a compartilhar a nossa solidão.

Artigo originalmente publicado no jornal Folha Babitonga

Emerson Souza Gomes, advogado especialista em direito empresarial, sócio da Gomes Advogados Associados, email emerson@gomesadvogadosassociados.com.br, fone (47) 3444-1335
Emerson Souza Gomes, advogado especialista em direito empresarial, sócio da Gomes Advogados Associados, email emerson@gomesadvogadosassociados.com.br, fone (47) 3444-1335

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